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Post Onze



Amar você é o maior desserviço que eu poderia fazer na minha vida. Eu sei que é errado, conheço todas as nuances desse drama juvenil, conheço todos os trágicos sentimentos que o envolvem, conheço toda história vivida, tenho tudo em minha memória, escrito em minha pele. O problema é que vai além do que eu posso controlar, além do que eu posso coordenar.
Sentir isso me faz pensar em coisas além da minha compreensão e crenças. Sentir isso me faz pensar que em algum momento em algum contrato lá em cima eu tenha assinado e concordado com os termos de uso sem nem ao menos ler, e me faz ter uma vontade absurda de socar minha própria cara.
Não quero nada disso, quero que isso suma de vez, mas aparentemente querer realmente nunca foi poder. Você está cantado em minhas noites antes de dormir, me atormentando em momentos de baixa guarda.
E quanto mais eu procuro sentido nessa palhaçada mais difícil se torna acreditar que um dia ela irá passar. De veras a dor se tornou menor, ou talvez quem sabe eu apenas aprendi a viver com ela, fiz dela minha amiga. Mas o sentimento de nunca mais irei superar vem de tempos em tempos.
Te amar foi um erro, foi um erro te amar...” sim, bem no melhor estilo sertanejo viajo em devaneios sobre ordens e privações de livre arbítrio, viajo em devaneios de culpa e quem eu irei culpar desta vez?
Bom, te culpar já fiz muito e nunca adiantou de nada, cretino você sempre foi e mais alguém no fã cube hater só te dará mais views. Me fazer de vítima durou um bom tempo, mas a realidade é que you know I’m not good, just like you. Me culpar também não anda resolvendo, a intenção aqui é encontrar o foco e resolver e se a culpa disso tudo é minha, seria eu a coordenar isso, não? Logo a abstinência deveria sumir quando resolvi de uma vez por todas te enterrar na areia do gato no quintal e não marcando a cova. Mas a realidade é que mesmo não marcando a cova as vezes me pego olhando na direção da areia me perguntando se algum fantasma mora ali.
Então talvez eu devesse culpar os céus por essa tragédia juvenil.
- Poxa São Pedro, eu sei que novela mexicana é legal, mas já deu né? Todos os meus sentidos racionais e irracionais sabem que isso pensar sobre isso é errado e ridículo, mas como controlar? Então só gostaria de pedir aos encarregados que encerrem essa série retardada e de baixa audiência o mais breve possível.
Já não lembro do seu gosto, seu cheiro, muito menos seu toque. Agora peço que os Orixás me levem as lembranças e a sensação de que você era a minha parte que faltava. Obrigada a quem quer que esteja lendo isso e que tenha o poder de resolver.
                                                                                 
Angélica Justino

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